Vestibular Vegano: 5 perguntas e 1 resposta para você se tornar vegano esse ano

Semana 23

Hoje o texto é curto. Vamos fazer um teste e descobrir se você está preparado para abandonar o sofrimento animal em sua alimentação? 

Criei este teste para que você possa refletir por si mesmo. Chamarei de GVV, o “Grande Vestibular para o Veganismo”. Serão 5 questões. Espero que você passe nessa prova. Para ajudar, já darei a resposta da primeira pergunta. As demais, ficam com você, pessoa leitora. Boa prova!

  1. É possível viver sem comer alimentos de origem animal? 

Resposta: Sim! Não precisa nem pesquisar muito, o único suplemento obrigatório será a Vitamina B12. É bem simples e custa menos de 1 real por dia. No futuro, como fazemos por lei com o sal (aditivado com iodo), os governos podem criar algo similar para essa vitamina e nem suplemento mais você precisará.

Todos os outros nutrientes necessários para uma vida saudável são facilmente encontrados em plantas. Você só precisa consultar seu nutricionista para adequar às necessidades do seu corpo, como qualquer comedor de carne também precisa fazer.

Há muita informação gratuita online também. Entre diversas campanhas, uma que participei e indico é o Veganuary. Você assina e recebe e-mails diários por 1 mês com 100% da informação que precisa para realizar a transição. E também muitas receitas novas para despertar a criatividade.

  1. Apenas por fazer parte de uma cultura milenar, uma prática violenta é justificada? Está moralmente correta?

Existem diversos rituais e práticas violentas em várias culturas diferentes pelo mundo. Todas elas com séculos ou milênios de tradição. Pensem em exemplos, sejam de violências contra o próprio corpo, sejam de violências contra outro ser vivo (animal humano ou animal não humano, tanto faz). Só por existirem e serem “aceitos” na sua cultura, por vários séculos ou milênios, reflita se isso os torna automaticamente corretos.

  1. Seu prazer individual justifica o sofrimento alheio de outro animal?

Existem diversas práticas que nos trazem prazer e algumas que nos viciam. Todas elas enviam um dos 4 hormônios de felicidade ao nosso cérebro (serotonina, dopamina, endorfina e ocitocina). Algumas são ações positivas, como um abraço, um reconhecimento, uma amizade, uma atividade física, uma realização pessoal ou profissional, uma relação amorosa… Essa “alegria”, porém, dura alguns minutos. 

Então reflita se é moralmente correto você causar sofrimento e dor a um animal qualquer (seja humano ou não humano) apenas para ter alguns minutos de prazer com um desses 4 hormônios no seu cérebro.

  1. Essa questão é mais longa: Mesmo que o animal (humano ou não humano) não sofra, digamos que ele esteja totalmente dopado e, quando acordar (caso acorde), não se lembrará de nada. Mesmo que você tenha certeza de que ele não vai sofrer dor alguma, você tem o direito de invadir e explorar o corpo dele para seu próprio prazer? 

Lembrando que, pela resposta da primeira questão, você não tem necessidade alguma de invadir (violentar ou matar) esse corpo para sobreviver. Você já está tomando suplemento de vitamina B12 que custa menos de 1 real por dia. 

Reflita com atenção: mesmo sem crueldade física nem trauma psicológico, você tem o direito de explorar o corpo de outro animal (humano ou não humano) apenas para seu prazer individual de 5 minutos.

  1. Para compensar a questão 4, essa última é curta: após tantas reflexões, quando você começa sua transição para o veganismo?

Reflita e, se não estiver convencido, refaça o teste 🙂

Para você que passou na prova, seguem 5 links que apoiam os primeiros passos: Veganuary, Sociedade Vegetariana Brasileira, Vegan Business, Mercy for Animals, Alyenado (o influencer vegano responsável pela minha decisão, foi um story dele que me pegou desprevenido e me levou a reavaliar o quanto eu valorizava meu prazer sobre o sofrimento dos animais).

Como dizem por aí: “ser vegano é extremamente fácil quando você pensa nas vítimas em vez de em si mesmo”

Leandro Franz é economista, escritor e wannabe vegano. É autor dos livros “A Pequena Princesa” (Ed. Letramento), “No Útero de Paulo, o Embrião não Nascerá” (Ed. Penalux) e “120 dias de Corona” (Ed. Letramento) – este último lançado agora em 2022.

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