Investigação de causa: qualidade do ar no sul da Ásia

Trocando em miúdos

  • Qual é o problema? O sul da Ásia está passando por um dos níveis mais altos de poluição do ar ponderada pela população PM2.5. Nosso entendimento é que a baixa qualidade do ar contribui significativamente para resultados negativos de saúde para os mais de 1,8 bilhões de pessoas na região, e que reduzir os níveis de partículas inaláveis atuais no ar poderia salvar milhões de vidas.
  • Quais são as possíveis intervenções? As possíveis intervenções, muitas das quais requerem uma ação estatal coordenada, incluem programas para monitorar e melhorar a qualidade do ar e elaborar e implementar políticas específicas ao setor para reduzir emissões. A filantropia interessada em reduzir os níveis de poluição do ar poderia apoiar esforços para orientar projetos, implementar e aplicar políticas eficazes de redução da poluição do ar, tais como financiar programas de monitoramento, pesquisa e assistência técnica.
  • Quem mais está trabalhando nisso? O interesse filantrópico na qualidade do ar do sul da Ásia parece ser limitado, mas está crescendo rapidamente, embora muitos dos principais atores filantropos pareçam tratar a poluição do ar como uma preocupação climática e não como uma questão de saúde. Fora do setor filantrópico, entendemos que os governos são os maiores investidores na melhoria da qualidade do ar. Continuamos bastante inseguros quanto aos níveis exatos de financiamento dos governos do sul da Ásia destinados a esse assunto.


1. O problema

O sul da Ásia – e em especial a Planície Indo-Gangética que cobre partes de toda a Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal – passa por um dos mais altos níveis de poluição do ar ponderada pela população.1 Nosso entendimento é que a baixa qualidade do ar contribui significativamente para os resultados negativos de saúde para mais de 1,8 bilhão de pessoas nessa área.2 Entre os poluentes presentes no ar do sul da Ásia, focamos em MP2,5 – matérias particuladas (partículas inaláveis) menores do que 2,5 micrômetros de diâmetro – que entendemos estar associadas com os mais altos custos em saúde.3 No total, o relatório do Estado Geral do Ar – uma colaboração entre o Health Effects Institute e o Institute for Health Metrics e o projeto Evaluation’s Global Burden of Disease – atribui aproximadamente 71,4 milhões de anos de vida ajustados pela incapacidade (AVAI – em inglês, Quality Adjusted Life Years – QALY) em todo o sul da Ásia anualmente à poluição do ar.4 De acordo com o Institute for Health Metrics and Evaluation, a poluição do ar no sul da Ásia responde por quase 3% dos AVAI em todo o mundo – ou seja, a eliminação de níveis perigosos de poluição do ar apenas no sul da Ásia reduziria em 3% ao ano o número de anos perdidos por nascimentos prematuros.5

A exposição à poluição do ar MP2.5 pode ocorrer ao ar livre ou dentro de casa, estando os dois ambientes associados com concentrações, resultados de saúde e intervenções diferentes. Fontes de poluição do ar ao ar livre ou ambiental no sul da Ásia incluem fornos de olaria, veículos, usinas a carvão e queima de plantações.6 De acordo com o relatório Estado Geral do Ar, a média de poluição do ar ambiente observada no sul da Ásia em 2019 foi de 78.2 µg/m3, uma concentração mais alta do que o padrão recomendado pela Organização Mundial da Saúde de 10 µg/m3 e que o seu padrão intermediário de 35 µg/m3.7

Embora não tenhamos investigado completamente a base de evidências gerais, encontramos uma concordância geral de que a exposição no longo prazo à poluição ambiental MP2.5 pode resultar em efeitos significativamente negativos para a saúde, tais como doenças respiratórias e cardiovasculares crônicas, que reduzem a expectativa de vida. O relatório do Estado Global do Ar, por exemplo, estima que, em 2019, quase 40 milhões de AVAIs no sul da Ásia foram atribuídos à poluição do ar ambiente MP2,5.8 Este número parece ser estável em alguns países do sul da Ásia e aumenta em outros.9 Embora não tenhamos controlado de forma independente esta ou aquela estimativa de mortalidade e morbidade, nos parece bastante plausível, com base nos níveis de poluição do ar ponderada pela população no sul da Ásia e no que a literatura revisada nos diz sobre o papel da poluição do ar em doenças crônicas.10

Concentrações de poluição do ar de casas (em comparação com o ambiente) no sul da Ásia parecem ser muito mais difíceis de medir, com estimativas que variam de 35 µg/m3 a mais de 2,000 µg/m3.11 Encontramos maior segurança, entretanto, de que a poluição do ar nas casas é generalizada: uma fonte estima que quase 60% das pessoas no sul da Ásia usem combustíveis sólidos para cozinhar, a principal fonte de poluição do ar em residências.12 Aparentemente, esse percentual está se reduzindo à medida que as pessoas migram para fontes de energia mais limpas.13

A falta de dados domésticos confiáveis sobre a concentração de MP2.5 torna difícil distinguir com segurança entre os efeitos na saúde. As evidências disponíveis indicam que os resultados negativos da poluição do ar nas residências sobre a saúde no sul da Ásia podem incluir baixo peso ao nascer, partos prematuros e outras condições que estão relacionadas com o aumento no risco da mortalidade infantil.14 O relatório do Estado do Ar Global, por exemplo, atribuiu aproximadamente 95.000 mortes de crianças no primeiro mês de vida à poluição do ar residencial no sul da Ásia, em 2019, estimando um impacto geral de aproximadamente 30 milhões de AVAIs dentro da região para aquele ano.15

Dos países que formam o sul da Ásia, a Índia parece estar entre os níveis médios mais altos de poluição do ar ambiental ponderada pela população – 83,2 µg/m3 – e ter os maiores números de AVAIs atribuíveis à poluição do ar ambiental e doméstica – 31,1 milhões e 20,9 milhões, respectivamente.16 O crescimento e o envelhecimento da população do sul da Ásia significa que – tudo o mais constante – a carga da qualidade do ar está aumentando. No caso de poluição do ar em residências, isso parece ser mais do que compensado pelas trocas por combustíveis de cozinha mais limpos, o que reduz a carga ao longo do tempo.17 Entretanto, o número de AVAIs atribuíveis à poluição do ar ambiental parece estar aumentando à medida que a qualidade do ar externo está piorando, o que acentua as tendências demográficas.18 O impacto sobredimensionado na Índia em relação às nações no sul da Ásia sugere que a melhoria da qualidade do ar na Índia poderia reduzir muito as concentrações anuais de MP 2,5 do sul da Ásia ponderada pela população e o AVAI resultante da poluição do ar.19

1.1 Porque acreditar que essas estimativas são danosas?

Frequentemente nos preocupamos com a qualidade e a confiabilidade das evidências sociais científicas não experimentais, e preferimos replicar os insumos-chave nos nossos próprios cálculos. Isso não é possível com o relatório do Estado do Ar Global, que não tem dados e código abertos. Assim, começamos com algum ceticismo de que essas estimativas AVAI deveriam ser consideradas a valor de face. Entretanto, fizemos uma revisão da literatura básica e – apesar de toda a literatura em ciências sociais, entendemos que pode haver espaço para melhorias – chegamos à conclusão de que não iríamos fazer ajustes para baixo nas estimativas de carga do Estado do Ar Global em mais do que um ou dois pontos.

Mais especificamente, os mecanismos biológicos parecem apoiar a conclusão de que a exposição à poluição do ar resulta em efeitos significativamente negativos à saúde, incluindo mortalidade, em humanos. Tanto a American Heart Association quando a Comissão Lancet sobre poluição e saúde, bem como os epidemiologistas com os quais falamos afirmam que respirar partículas inaláveis provoca inflamação e danos vasculares. Esses efeitos, por sua vez, estão ligados a condições tais como aterosclerose e pressão alta, que são conhecidos por provocar doenças que ameaçam a vida tais como doença isquêmica cardíaca e derrame isquêmico.20 Em crianças, o caminho proposto parece ser que a poluição particulada provoca baixa transmissão de nutrientes para o feto, o que resulta em baixo peso ao nascer e deficiência de nutrientes associada com mortalidade infantil mais alta e complicações de saúde por toda a vida.

Existem vários ensaios clínicos aleatorizados – ECA (RCT – Randomized Controlled Trials) em animais e humanos e estudos sobre os mecanismos biológicos. Os estudos em geral descobrem que a poluição particulada provoca inflamação vascular, aterosclerose e baixo peso ao nascer.22 Estudos mais recentes em animais, entretanto, não parecem usar a mortalidade como um resultado de interesse, e alguns estudos mais antigos encontraram um efeito nulo da exposição à poluição do ar sobre a mortalidade.23 De acordo com a equipe de pesquisa científica da Open Philanthropy, os resultados de mortalidade zero em modelos animais nos estudos mais antigos não são necessariamente evidências contra os efeitos de mortalidade em humanos, em grande parte por causa das diferenças inatas na biologia e nos ciclos de vida, embora os tomemos como uma atualização ligeiramente negativa.

Fora dos estudos sobre mecanismos biológicos relevantes, descobrimos vários experimentos naturais conduzidos por economistas que tentam isolar o efeito causal de poluição particulada sobre a mortalidade. Ebenstein et al. (2017) em especial aponta os efeitos da poluição do ar sobre a saúde em condições semelhantes àquelas do sul da Àsia, embora sejamos céticos a respeito dos efeitos de mortalidade no título deste artigo.24 Outros artigos quase-experimentais, muitos dos quais focam na exposição a particulados no curto prazo, em geral encontraram efeitos significativos sobre a mortalidade tanto em crianças quanto em adultos.25 Esses artigos nos garantem que a literatura científica social não experimental que encontramos provavelmente não está detectando os efeistos de mortalidade das variáveis de confusão.

Não descobrimos meta-análises que buscam tendências em publicações nas evidências quase-experimentais mencionadas acima. Entretanto, existe uma literatura epidemiológica que contém diagramas em funil que procuram identificar essas tendências. Em uma literatura sem tendência nas publicações, espera-se ver um padrão simétrico de pontos espalhados em formato de triângulo, em que as análises com menor potência provavelmente cairão à direita ou à esquerda das análises de maior potência. Os diagramas em Pope et al. (2020) (principalmente a Figura 4), que examinam os artigos epidemiológicos sobre o efeito causal da poluição do ar sobre a mortalidade em estudos coorte, parecem ter alguma assimetria no meio do funil.26 Tentamos muito acreditar que uma publicação com ajuste de tendenciosidade baseada nesses gráficos reduziriam os efeitos do tamanho da mortalidade pouco a moderadamente abaixo do consenso na literatura epidemiológica.27


2. Possíveis Intervenções

2.1 Ação governamental

Muitas potenciais melhorias da qualidade do ar requerem uma ação estatal coordenada. As políticas de redução a seguir são algumas das que pensamos poderem abordar uma série de problemas sobre poluição e serem viáveis administrativamente.28

2.1.1 Retrofit e construção eficiente de fornos de olaria

Estima-se que 20% dos tijolos de argila sejam produzidos no sul da Ásia, embora as emissões MP2,5 atribuíveis ao setor pareçam variar entre os países e estar concentradas em áreas urbanas.29 Um relatório do Banco Mundial indica que o setor de olarias seja o segundo maior contribuidor de MP2,5 em Bangladesh e no Nepal, responsável por 11% e 3% das emissões de MP2,5, respectivamente.30 Enquanto isso, na Índia, a participação em emissões de MP2,5 atribuíveis aos fornos de olaria parece ser comparativamente mais baixa, embora tenhamos observado uma considerável incerteza sobre esse assunto. O Instituto de Efeitos sobre a Saúde oferece uma das estimativas mais baixas que encontramos, rastreando aproximadamente 2% da poluição MP2,5 na Índia e 2 a 3% das mortes por MP2,5 relacionadas a fornos de olaria.31 O relatório do Banco Mundial tem a mais alta estimativa das fontes que coletamos, atribuindo 8% das emissões de MP2,5 da Índia ao setor de tijolos.32 O Banco Mundial estima que reformar os fornos existentes poderia reduzir a MP 2,5 em 30 a 50%, bem como melhorar a eficiência energética.33

Apesar das incertezas sobre as emissões, pensamos que seja plausível (mas nunca decisivo) que um esforço liderado pelo governo (p. ex., regulamentos e/ou subsídios) para fazer um retrofit ou construir fornos de olaria seria administrativamente possível e significar a redução da poluição MP2.5 do setor de olarias.34

2.1.2 Implementar e aplicar a proibição de veículos velhos

Pelo menos desde 2015, organismos governamentais na Índia demonstraram interesse em limitar o uso de veículos velhos.35 Existem algumas proibições regionais, mas não está claro para nós em que grau elas foram implementadas ou aplicadas.36 Esse interesse atual – se for inconsistente – em banir veículos velhos, junto com o que parece ser um número pequeno de veículos com mais de 10 anos de uso (o que significa que os custos políticos/econômicos de uma proibição sejam menores), sugere que essa é uma área potencialmente promissora para outras ações do governo.37

Não temos certeza sobre o percentual de poluição MP2,5 ponderada pela população no sul da Ásia que seja de origem veicular, embora pareça bastante significativo. Um relatório do Ministério do Meio ambiente, Florestas e Mudança climática da Índia estima que os veículos contribuam com aproximadamente 28% das emissões MP2,5 ponderada por população em Delhi durante o inverno e 4% nacionalmente se considerados todos os modais de transporte.38 O Instituto de Energia e Recursos atribui 50% da carga de MP2,5 de Bangalore às emissões de automóveis.39 Um estudo de repartição de fontes de Mangalore atribuiu 70% da poluição particulada aos veículos.40 Veículos velhos, em especial parecem contribuir significativamente para as emissões veiculares, com uma estimativa defendendo que os veículos com mais de 15 anos respondem por 15% da poluição veicular total, e tendem a poluir 10 a 25 vezes mais do que os veículos mais novos.41 Com base nesses números, pensamos que seja provável que uma proibição de veículos velhos poderia reduzir a poluição total MP2,5, embora não estejamos muito seguros sobre a redução total que poderíamos esperar e como se pode exigir essa proibição.

2.1.3 Exigindo e aplicando os purificadores de carvão

A maioria das estimativas que encontramos atribuem aproximadamente 15% das emissões MP2,5 da Índia à geração de energia a carvão.42 Parece plausível que o carvão seja uma fonte significativa de emissões MP2,5, dada a proeminência da geração de eletricidade a carvão e as emissões de CO2 na Índia.43

Um relatório que vimos alega que instalar purificadores de carvão úmido em usinas poderia reduzir as emissões MP2,5 em até 98% e que novos filtros de fábrica podem alcançar uma eficiência de até 99,7%.44Embora não tenhamos analisado independentemente esta estimativa, ela indica que os purificadores de carvão poderiam melhorar muito a qualidade do ar na Índia.45

O governo indiano já ordenou que as fábricas instalem purificadores de carvão para limitar as emissões, embora o cumprimento pareça bastante limitado.46 Dada a aparente magnitude de emissões de usinas a carvão e o atual interesse do governo em buscar medidas mitigadoras, esforços adicionais para instalar purificadores de carvão podem ser uma intervenção promissora.

Abaixo, compartilhamos nossos cálculos aproximados sobre um possível custo-eficácia do apoio filantrópico para a instalação de purificadores de carvão.

2.1.4 Reduzir a queima de resíduos de colheitas com subsídio de tratores bem direcionados

Nossa impressão é que a queima de resíduos de colheitas é uma fonte relativamente pequena de emissões na Índia; um artigo defende que ela constitua uma média de 5% de poluição anual MP2,5 em Delhi, embora alcance mais de 40% em certos locais ao longo do ano.47 Parece que uma grande maioria dos fazendeiros queima suas colheitas, e apenas uns 20% usam tratores para cultivar seus campos.48 Parece plausível que subsídios de tratores mais bem distribuídos aumente o percentual de fazendeiros que usam tratores, e reduzam o percentual daqueles que queimam o restolho, e poderiam melhorar um pouco a qualidade do ar em Delhi.49 Não temos certeza do impacto potencial que o subsídio de tratores poderia ter sobre a qualidade do ar ao longo da ampla região do sul da Ásia.

2.1.5 Melhor direcionamento dos subsídios de gás liquefeito de petróleo

A partir do que descobrimos, combustíveis sólidos para cozinha – ainda usados por aproximadamente 60% das residências – respondem por quase 40% do impacto na saúde da poluição MP2,5 no sul da Ásia.50 Somos cautelosos em assumir que a redução potencial no uso de combustíveis sólidos para cozinha poderia levar a amplas reduções nos impactos na saúde. O principal substituto para o combustível sólido para cozinha (p. ex.: lenha, resíduos agrícolas, carvão vegetal etc.) é o gás liquefeito de petróleo (GLP).

O governo da Índia já subsidia o uso de GLP, fornecendo atualmente para cada família 12 cilindros de GLP por ano.51 Entretanto, os subsídios não oferecem descontos significativos para o preço de mercado, o que sugere que os preços de cilindros de GLP possam se manter muito altos para que muitas famílias pobres possam adquirir.52 Como forma de aumentar os subsídios disponíveis para os pobres, o governo tentou sem sucesso convencer as famílias mais abastadas a pagar voluntariamente por um GLP não subsidiado.53 Destinar melhor o subsídio aumentando a disponibilidade e o tamanho do subsídio para famílias mais pobres poderia ser mais viável para ajudar a reduzir o número de famílias que usam combustíveis sólidos para cozinhar.

2.2 Como um filantropo poderia apoiar?

Encontramos uma ampla insegurança a respeito da participação total e do MP2,5 por população atribuível a diferentes fontes na Índia e em todo o sul da Ásia. Abordar essa falta de informação parece ser crucial para focar adequadamente nas estratégias de redução. Assim, parece provável que os esforços filantrópicos possam focar produtivamente em 1) melhorar o ecossistema de informações para os tomadores de decisão locais e outros interessados e 2) aumentar a capacidade técnica de agências governamentais-chave para tratar a qualidade do ar. O interesse de um filantropo em apoiar um desses resultados pode ir ao encontro de qualquer tipo de atividade, alguns dos quais listamos abaixo.

2.2.1 Estudos de repartição de fontes

Conforme mencionamos previamente, descobrimos que a deficiência de dados sobre a repartição de fontes de poluição tem dificultado avaliar o potencial impacto das intervenções disponíveis. Os estudos de repartição de fontes são científicos e tentam medir a concentração de MP2,5 em determinada cidade ou região que pode ser atribuída a fontes diferentes, p. ex., transporte, geração de energia, outras fontes industriais etc.54

Os estudos de repartição de fontes poderiam ser conduzidos em parceria com cidades interessadas que precisam de assistência técnica.55 Tais estudos localizados, ao fornecer aos governos estimativas brutas das maiores fontes de poluição do ar das cidades, poderiam melhorar as estratégias de redução dos governos (e dos filantropos).

Abaixo, compartilhamos nossos cálculos aproximados sobre uma possível custo-eficácia do apoio filantrópico para estudos de repartição de fontes.

2.2.2 Monitoramento da qualidade do ar

Um filantropo pode financiar tanto sensores de baixo custo quanto estações de monitoramento avançadas. Sensores de baixo custo, que já apoiamos anteriormente, podem ser instalados localmente e contribuir com dados em tempo real para gerar mapas da qualidade do ar que relatem mudanças na quantidade de poluição. Entendemos que esses mapas podem ajudar a melhorar a conscientização do público sobre os níveis de poluição local e antecipar uma pequena mudança de comportamento, bem como permitir que os governos e outras entidades rastreiem os impactos dos métodos de redução. Entretanto, a acurácia limitada dos sensores de baixo custo pode impedir as medições de poluição, pois os sensores individuais podem não conseguir detectar pequenas mudanças nas concentrações.56

Estações de monitoramento avançado são muito mais precisas – também significativamente mais caras – e poderiam ser instaladas em cada estação atmosférica da Índia. Possivelmente, combinar as estações com fotômetros solares para medir a coluna atmosférica poderia permitir uma precisão mais significativa e medições de satélite mais frequentes de fontes e concentrações da poluição do ar.57 Essas medições poderiam, por sua vez, oferecer aos governos metas mais precisas de poluição, permitir que os efeitos das políticas de redução sejam rastreados e contribuir com o relato sobre a qualidade geral do ar.

Entendemos que o monitoramento da qualidade do ar poderia ser uma fonte bastante grande de gastos filantrópicos no curto prazo, com pequenos custos contínuos após a implementação inicial. A partir das nossas conversas, também tivemos a impressão de que o monitoramento do ar na Índia é relativamente bem financiado e que apoiar o monitoramento em outras regiões do sul da Ásia pode gerar mais impacto nessa margem. Não analisamos independentemente essas solicitações.

2.2.3 Pesquisa sobre a curva de redução e os efeitos da poluição do ar sobre a saúde na Índia

Observamos que a curva de redução (o gráfico descrevendo os custos financeiros e os volumes de reduções de MP2,5 por intervenção efetivada) e os efeitos da poluição do ar sobre a saúde na Índia exercem uma série de benefícios. Um dado de curva de redução mais bem definido poderia servir como um menu de opções para os filantropos e formuladores de políticas interessados. A pesquisa sobre os efeitos na saúde poderiam oferecer dados mais direcionados sobre os efeitos da poluição MP2,5 sobre a saúde, incluindo a possível distinção entre os efeitos na saúde de diferentes tipos de poluentes.

Além disso, tal pesquisa poderia ajudar a direcionar a conscientização entre os governos e o público sobre a extensão do problema e, da mesma forma, encorajar a adoção de medidas de redução direcionadas (principalmente se esta pesquisa identifica um conjunto mais estreito de mudanças políticas de baixo custo que poderiam resolver uma grande parte do problema total). Ouvimos que isso pode ser mais eficaz se a pesquisa se basear em instituições nacionais que também fornecem conhecimento aos governos locais ou organizações não governamentais que trabalham com esse assunto.

2.2.4 Assistência técnica

Oferecer assistência técnica para entidades governamentais poderia melhorar o resultado das medidas de redução de poluição aumentando a capacidade governamental de implantar, aplicar e monitorar medidas de redução da poluição do ar. Um outro interessado neste resultado poderia, por exemplo, trabalhar como consultor externo para oferecer assistência técnica para conselhos de controle da poluição na Índia, que, por inúmeras razões, resistem em aplicar os regulamentos de qualidade do ar.58 Observamos estimativas conflitantes dos conselhos sobre os gastos atuais de controle da poluição, embora pareça estar entre US$100 milhões e US$300 milhões por ano, divididos entre gestão da poluição do ar, poluição da água, poluição sonora e dejetos.59

2.2.5 Alcance de políticas

As intervenções delineadas na seção acima estão em grande parte sob a competência do governo. Dessa forma, os esforços filantrópicos podem focar no fornecimento de tomadores de decisão com dados e recursos para esboçar políticas eficazes de redução da poluição do ar. Possíveis áreas de financiamento podem incluir repartição de fontes e pesquisas sobre concentração, mapas da qualidade do ar em tempo real e relatos sobre a qualidade do ar em postos de notícias locais. Outros meios de aumentar a relevância da qualidade do ar podem incluir o financiamento de programas como Fundos de Ar Limpo, Doutores em Favor do Ar Limpo, que aumentam a consciência sobre os impactos da poluição do ar na saúde, ou apoiam programas de qualidade do ar em universidades.

2.3 Quão custo eficazes podem ser os gastos nesta área?

Se a poluição do ar custa Us$71.4 milhões de AVAI por ano no sul da Ásia, e estamos gastando Us$20 milhões por ano, precisaríamos reforçar soluções para aproximadamente 0,06% do problema por 10 anos para cada ano dos nossos gastos para liberar uma proibição de 1.000 vezes.60 É difícil raciocinar sobre números pequenos como esses, mas dada a escala relativamente limitada de outros filantropos neste espaço, pensamos que não seria uma proibição despropositada para liberarmos.

Não temos um plano específico para a maneira de gastar dinheiro de forma custo-efetiva neste problema, mas fizemos cálculos aproximados sobre os projetos potenciais possivelmente promissores, descritos em mais detalhes abaixo, que também nos fazem pensar que poderiam liberar a proibição de 1.000x.

2.3.1 Monitoramento da qualidade do ar

recomendamos financiamento, num total de US$3 milhões, para instalar sensores de qualidade do ar a baixo custo na Índia. Excluímos nosso atual cálculo aproximado pois está relacionado ao processo de contratação para um oficial do programa de qualidade do ar no sul da Ásia.

2.3.2 Estudos de repartição de fontes

Pelos nossos cálculos aproximados, um estudo de repartição de fontes poderia precisar acelerar uma redução de 0,8 µg/m3 na poluição em 10 anos por cidade de 5 milhões para atingir nossa proibição de 1.000 vezes.61 Este cálculo entende que:

  • O custo de um estudo de repartição de fontes ganharia importância em função do tamanho da população. Estimamos por alto que um estudo na cidade de 5 milhões de habitantes custaria US$500.000.
  • Estudos de repartição de fontes apenas mediriam, e impactariam, nos níveis de poluição do ar ambiente.
  • A concentração de MP2,5 em cidades para a concentração nacional. A concentração média anual por população de poluição do ar ambiente na Índia é 83,2 µg/m3. Aproximadamente 31.140.452 AVAIs na Ìndia se devem à poluição do ar ambiente, e cada AVAI é avaliado em US$50,000.62
  • A população da Índia é de 1.366.000.000.63

2.3.3 Purificadores de carvão

De acordo com o relatório da Rede de Prioridades de Controle de Doenças, a instalação de purificadores de carvão em todas as fábricas custaria aproximadamente US$1,7 bilhões.64 O mesmo relatório estima que fazer o retrofit em fábricas com o custo mais baixo por vida salva custaria US$615 milhões, embora outras fontes que encontramos estimem o custo em mais do que uma ordem de magnitude mais alta.65 Se os US$615 milhões estiverem corretos, pagar para instalar purificadores de carvão poderia alcançar e ultrapassar a proibição em 1.000 vezes, entendendo que as seguintes condições sejam verdadeiras:

  • Conforme discutimos acima, a geração de energia a carvão contribui com aproximadamente 15% das emissões MP2,5 na Índia.
  • A instalação de purificadores reduz as emissões de MP2,5 em pelo menos 80%.66
  • As usinas de carvão selecionadas são responsáveis por 75% dos custos AVAI do setor.67
  • Os efeitos da poluição do ar na saúde na Índia custam aproximadamente US$2.68 trilhões/ano.68
  • Dado que o governo já está ordenando a instalação de purificadores de carvão, nosso financiamento acelera a instalação em até cinco anos.

Sob essas condições, estimaríamos um ROI de US$2.68 trilhões (custo total de poluição do ar ambiente) × ,15 (quota do setor de energia de MP total de 2,5) × ,75 (quota das fábricas selecionadas do AVAI do setor de energia) × ,8 (redução em MP2,5 dos purificadores) × 5 (anos de aceleração)/US$615 milhões (custo dos purificadores) = ~1,960x, embora novamente não saibamos se essas suposições estão corretas e tenhamos visto estimativas de custo mais altas na literatura.

2.4 Que escala um programa nesta área poderia alcançar?

Com base no nosso entendimento das oportunidades de financiamento disponíveis, vemos que existe uma grande possibilidade de que um programa nesta área possa gastar pelo menos US$24 milhões por ano em atividades como monitoramento da qualidade do ar, estudos de redução e repartição de fontes sobre a qualidade do ar, e políticas de alcance, a um nível de custo-eficácia comparável a outras oportunidades de financiamento que buscamos. Entendemos que exista uma baixa probabilidade de bem mais do que US$25M/ano de capacidade em oportunidades que consideramos bastante custo-eficazes.


3. Quem mais está trabalhando nisso?

3.1 Organizações filantrópicas

O interesse filantrópico na qualidade do ar no sul da Ásia parece estar limitado mas crescendo rapidamente: uma estimativa do Fundo de Ar Limpo, que foi mencionado para nós em múltiplas conversas, coloca o gasto filantrópico nesta área em cerca de US$7 milhões em 2019, mais alto do que o US$1 milhão de 2015.69 Não analisamos as estimativas do relatório e imaginamos que existem depreciações estruturais porque o relatório está baseado em dados autorrelatados de fundações, algumas das quais podem não participar do compartilhamento de dados, mas as estimativas são amplamente consistentes com o que ouvimos em conversas.

Os atores filantrópicos internacionais que trabalham com qualidade do ar no sul da Ásia sobre os quais ouvimos falar mais frequentemente são Bloomberg Philanthropies, Children’s Investment Fund Foundation, ClimateWorks, IKEA Foundation, MacArthur Foundation, Oak Foundation, Pisces Foundation, e William and Flora Hewlett Foundation. Alguns grandes financiadores indianos, tais como o Ashish Dhawan, também surgiram nas nossas conversas com especialistas e financiadores nesta área. Não acreditamos que essa seja uma lista exaustiva: imaginamos que respondemos pela maior parte dos financiadores filantropos nesta área, mas com certeza deixamos de apontar alguns pequenos investimentos de organizações sem fins lucrativos e ativistas.

Muitos dos maiores atores filantropos parecem tratar a poluição do ar como uma contribuição para a mudança climática e não em termos de efeitos negativos diretos sobre a saúde de particulares. Os gastos filantrópicos em qualidade do ar focados no clima são parte de um esforço maior para mitigar as emissões na Índia, com gastos filantrópicos anuais em redução de emissões na ordem de US$100M-US$350M.70

Não está claro para nós se tratar a qualidade do ar como uma preocupação climática ou como uma questão de saúde resultaria em estratégias de financiamento significativamente diferentes. Definitivamente, há potencial para sobreposição entre gastos com o clima e com a qualidade do ar, pois muitas intervenções que reduzem os gases do efeito estufa também tendem a reduzir as emissões MP2,5 (p. ex., limitando a confiabilidade em carvão para geração de energia). Mas os dois objetivos também podem se separar (p. ex., sistemas de dessulfurização de gases de combustão ajudam a melhorar a qualidade do ar para a saúde, mas, até onde sabemos, não mitigam impactos no clima). Em geral, não entendemos que a presença de financiadores climáticos significativos mitigue a necessidade para um trabalho mais focado para aperfeiçoar a qualidade do ar a partir de uma perspectiva de saúde.71

3.2 Governo

Achamos difícil que essas estimativas dos gastos governamentais sobre qualidade do ar sejam confiáveis. De acordo com uma fonte que encontramos, no ciclo orçamentário de 2019-2020, o governo indiano criou e alocou um fundo de 44 bilhões de rúpias (aproximadamente US$609 milhões no momento da conversão) para tratar a poluição do ar em grandes cidades.72 Além disso, um relatório de 2020 emitido pelo Conselho de Energia, Meio Ambiente e Água e Emissões Urbanas observa que o Plano Nacional de Águas Limpas, que orienta as cidades a criar planos de ação para reduzir concentrações de material particulado em 20 a 30% até 2024, recebe 4,6 bilhões de rúpias (aproximadamente US$63 milhões no momento da conversão). Entretanto, o relatório também observa que não existem penalidades para o não atingimento ou “mandado judicial para rever e atualizar os planos.”73 Na verdade, apenas nove cidades parecem ter apontado os custos de execução, que variam de 890 milhões de rúpias a 160 bilhões de rúpias (aproximadamente US$11,9 milhões a US$2 bilhões no momento da conversão, respectivamente).74 Continuamos bastante reticentes sobre a precisão dessas estimativas e reconhecemos que é possível haver financiamentos estatais extras que não conhecemos. Em geral, entendemos ser provável que o governo seja o maior gastador na melhoria da qualidade do ar, mas que os gastos atuais sejam significativamente mais baixos do que a quantidade exigida para reduzir adequadamente a poluição do ar.


4. O que fizemos até o momento?

O monitoramento da qualidade do ar se destacou como uma estratégia de redução mais fácil do que a capacidade de absorver um financiamento imediato. Da mesma forma, recomendamos subsidios no total de US$3 milhões para apoiar uma colaboração de três anos entre o professor Joshua Apte da UC Berkeley, o Indian Institute of Technology Delhi (IIT Delhi), e o Conselho de Energia, Meio Ambiente e Água (CEEW) para instalar uma rede de sensores de baixo custo de qualidade do ar no sul da Ásia.

O objetivo da colaboração é que os dados dos sensores atualizem o projeto, a implementação e a aplicação de políticas mais eficazes para redução da poluição do ar. Além disso, também vemos esse projeto como uma oportunidade antecipada de aprendizado para o teste e implantação de sensores de baixo custo no sul da Ásia. Se bem sucedido, prevemos que os sensores podem ter efeitos que repercutam na velocidade com que outros sensores de baixo custo serão implantados, embora não tenhamos consultado os especialistas sobre esse assunto. Ambos os resultados poderiam gerar reduções bastante razoáveis nos níveis de poluição do ar no sul da Ásia.

Para nossos cálculos aproximados sobre a possível custo-eficácia desses subsídios, veja acima.


5. Possíveis riscos e inconvenientes

Identificamos inúmeros riscos potenciais e inconvenientes para o financiamento de esforços de melhorias na qualidade do ar no sul da Ásia, inclusive:

  • A capacidade de gasto imediata parece ser limitada. Identificamos algumas atividades de redução – tais como monitoramento da qualidade do ar e certas formas de assistência técnica – que poderiam se beneficiar de financiamento imediato. Entretanto, também lutamos para identificar áreas que têm capacidade para apoio recorrente em larga escala, e esperamos que os filantropos que queiram fazer da área de qualidade do ar no sul da Ásia um financiamento de longo prazo possam sempre encontrar novas oportunidades de concessão de subsídios.75
  • As intervenções na qualidade do ar dependem em grande parte da regulamentação e aplicação por parte do governo. Da mesma forma, a maioria dos esforços filantrópicos na qualidade do ar no sul da Ásia seriam limitados a atividades que informam políticas governamentais, mas que podem não impactar diretamente na qualidade do ar (por exemplo, financiamento de estações de monitoramento da qualidade do ar que, por sua vez, fornecem aos tomadores de decisões dados para elaborar medidas eficazes de redução). Talvez seja difícil prever qual será o possível impacto desses esforços.
  • Existem riscos e restrições específicas para o trabalho de financiamento na Índia. Historicamente, o governo da Índia tem regulado a concessão externa de subsídios dentro da Índia e recentemente implementou outras restrições para o financiamento estrangeiro para ONGs indianas.76 Temos a impressão de que todo o esforço filantrópico possível listado nessas descrições são leis atuais com permissões não muito claras, mas há um risco de que o governo indiano possa implementar restrições adicionais que mudariam isso.
  • Esforços filantrópicos poderiam levar a políticas extremamente restritivas em algumas áreas o que, por sua vez, pode criar espaço para corrupção ou possível desaceleração do crescimento econômico. Embora esta descrição não considere os riscos da poluição do ar além da mortalidade, reconhecemos que algumas estratégias de redução podem não ser economicamente factíveis ou desejáveis após explicarem seus custos.
  • O interesse filantrópico pela qualidade do ar no sul da Ásia parece estar crescendo, então, outros financiamentos agora poderiam até desencorajar financiadores que de outra forma participariam.


6. Nosso processo e próximos passos

Falamos com inúmeros especialistas e grandes financiadores na área durante o processo de pesquisa sobre a qualidade do ar no sul da Ásia. As pessoas a seguir concordaram em ter seus nomes citados como fontes para este relatório, embora isso não deva ser interpretado como endosso parcial ou total desses especialistas a nossas conclusões:

  • Aaron Van Donkelaar
  • Ambuj Sagar
  • Amita Ramachandran
  • Arden Pope
  • Avijit Michael
  • Brikesh Singh
  • Dan Kass
  • Ishwar Gawande
  • Jarnail Singh
  • Josh Apte
  • Kanchi Gupta
  • Matt Whitney
  • Melanie Hammer
  • Michael Greenstone
  • Pallavi Pant
  • Randall Martin
  • Reecha Upadhyay
  • Rohini Pande
  • Sam Ori
  • Sangita Vyas
  • Santosh Harish
  • Siddarthan Balasubramania
  • Vinuta Gopal

Continuamos abertos para aprender sobre outras oportunidades neste espaço e podemos fazer concessões extras no futuro.

Esta obra é licenciada sob uma Licença Internacional Creative Commons de Atribuição 4.0.


7. Fontes

Air Quality Life Index, “India Fact Sheet”Fonte
Anderson et al. (2005)Fonte
Apte et al. (2018)Fonte
Arceo et al. (2016)Fonte
Belis et al. (2014)Fonte
Berger (2020)Fonte
BreatheLife, “Cities at the Centre of India’s New National Clean Air Programme”Fonte
Brook et al. (2009)Fonte
Brook et al. (2010)Fonte
Burnett et al. (2018)Fonte
Business Insider, “Indian Government Will No Longer Pay Out Direct Benefit Transfer for Cooking Gas — Subsidy Eliminated as Oil Prices Fall”Fonte
Centre for Science and Environment, “What Will India Do With Its Old Vehicles?”Fonte
Chay and Greenstone (2003)Fonte
Chen et al. (2013)Fonte
Clancy et al. (2002)Fonte
Clean Air Fund, “The State of Global Air Quality Funding”Fonte
Correia et al. (2013)Fonte
Council on Foundations, “New Indian FCRA Amendments Impact Foreign Grants to Indian NGOs”Fonte
Cropper (2016)Fonte
Cropper et al. (2017)Fonte
Currie (2013)Fonte
Deryugina et al. (2019)Fonte
Doutores em favro do Ar Limpo, “Homepage”Fonte
DW, “India Pollution: How a Farming Revolution Could Solve Stubble Burning”Fonte
Ebenstein et al. (2017)Fonte
Eil et al. (2020)Fonte
EPA, “Particulate Matter (PM) Basics”Fonte
Ganguly et al. (2020)Fonte
Gao et al. (2018)Fonte
Gardener (1966)Fonte
Ghosh (2021)Fonte
GiveWell, “Interpreting the Disability-Adjusted Life-Year (DALY) Metric”Fonte
Gao et al. (2013)Fonte
Greenstone et al. (2015)Fonte
Haryana State Pollution Control Board, “Budget Estimate”Fonte
Instituto Efeito sobre a Saúde, “Burden of Disease Attributable to Major Air Pollution Sources in India”Fonte
Instituto Efeito sobre a Saúde, “Household Air Pollution and Noncommunicable Disease | Summary for Policy Makers”Fonte
Heft-Neal et al. (2020)Fonte
Hindustani Times (2021)Fonte
Johnson et al. (2020)Fonte
Kalaiarasan et al. (2018)Fonte
Koshy (2019)Fonte
Landrigan et al. (2017)Fonte
Haryana State Pollution Control Board, “Budget Estimate”Fonte
Martin et al. (2019)Fonte
McCormick (1985)Fonte
Menon (2016)Fonte
Mohan (2020)Fonte
Myllyvirta et al. (2016)Fonte
Narayan (2020)Fonte
Programa Nacional de ar Limpo, “Final Proposal”Fonte
Open Philanthropy, “Scientific Research”Fonte
Peng et al. (2020)Fonte
Police et al. (2018)Fonte
Pope et al. (2009)Fonte
Pope et al. (2016)Fonte
Pope et al. (2020)Fonte
Rakshit (2020)Fonte
Roeyer et al. (2020)Fonte
Sharma and Dikshit (2016)Fonte
Sharma and Kumar (2016)Fonte
Sharma and Nagpure (2019)Fonte
Snider et al. (2015)Fonte
SS Rana & Co (2020)Fonte
Estado do Ar Global 2020, “Explore the Data”Fonte
Estado do Ar Global 2020, “Explore the Data”Fonte
Força Tarefa sobre a Poluição do Ar no Transporte Hemisférico, “Questions and Answers”Fonte
The Financial Express, “To Curb Stubble Burning, Pay Attention to EPCA on Making Straw Management Machines Affordable”Fonte
The New Indian Express, “Three Years on, Not Many Willing to Give Up LPG Subsidy”Fonte
Banco Mundial, “Population, Total — India”Fonte
Times of India, “Centre Cuts Pollution Control Budget, Draws Flak From Experts”Fonte
Times of India, “Foreign Contribution Regulation Act”Fonte
Tripathi (2020a)Fonte
Tripathi (2020b)Fonte
Tuli (2020)Fonte
Varadhan (2019)Fonte
Veras et al. (2008)Fonte
Zhang (2016)Fonte

Notas

1. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 3, pág. 7.

2. A Índia tem quase 1,37 bilhão de pessoas, seguida pelo Paquistão com 217 milhões e Bangladesh com 163 milhões – Afeganistão, Butão, Maldivas, Nepal e Sri Lanka somam aproximadamente 89 milhões adicionais.

3. “O material particulado contém sólidos microscópicos ou gotículas líquidas tão pequenas que podem ser inaladas e causar sérios problemas de saúde. Algumas partículas com menos de 10 micrômetros de diâmetro podem penetrar profundamente nos pulmões e algumas podem até entrar na corrente sanguínea. Destas, as partículas com menos de 2,5 micrômetros de diâmetro, também conhecidas como partículas finas ou PM2,5, representam o maior risco à saúde.” Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, “Princípios do Material Particulado (PM)”. “Embora a exposição a partículas aéreas menores e maiores também possa ser prejudicial, estudos mostraram que a exposição a altas concentrações médias de PM 2,5 ao longo de vários anos tem sido o preditor mais consistente e robusto de mortalidade por doenças cardiovasculares, respiratórias e outros tipos”. “State of Global Air 2020”, pág. 5.

4. Usamos anos de vida ajustados por incapacidade (AVAIs/DALYs) como nossa medida dos efeitos da mortalidade na saúde causados ​​pela poluição do ar ao longo deste artigo; não consideramos os custos de saúde além da mortalidade e morbidade (como perda de trabalho e dias de escola), embora estejamos cientes de algumas evidências de que tais efeitos podem ser substanciais.

Esta estimativa inclui DALYs resultantes da poluição ambiental, doméstica e de ozônio. State of Global Air, “Explore os dados”. Frequentemente citamos o State of Global Air, que usa dados da Carga Global de Doenças (GBD), ao longo deste artigo. Pelo que reunimos, os números de concentração de poluição do ar do GBD estão entre os mais atualizados, pois incorporam os dados mais recentes de qualidade do ar por satélite e são abrangentes em suas estimativas de efeitos na saúde. O GBD também distingue entre poluição do ar ambiente e doméstica, uma abordagem que consideramos útil na comparação de várias fontes e intervenções de poluição do ar.

5. Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde, Ferramenta de Resultados da Carga Global de Doenças.

[^46: Encontramos uma incerteza substancial em relação à porcentagem de poluição experimentada no sul da Ásia atribuível a fontes específicas, portanto, isso não deve ser interpretado como uma lista abrangente.

7. “Poluição atmosférica experimentada média” refere-se à média anual ponderada pela população para uma determinada área. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 3, pág. 7. As recomendações de concentração de poluição do ar variam de acordo com a fonte. Índice de Qualidade de Vida do Ar, “India Fact Sheet,” pág. 2. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, pg. 7.

8. “Existe um amplo consenso científico de que exposições prolongadas à poluição do ar contribuem para aumentar o risco de doenças e morte por doença isquêmica do coração, câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), infecções respiratórias baixas (por exemplo, pneumonia), acidente vascular cerebral, diabetes tipo 2 e, mais recentemente, resultados adversos do nascimento, e que o ônus para a saúde pública dessas exposições é muito maior do que o de exposições de curto prazo”. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, pg. 15; State of Global Air, “Explore os dados”.

9. Estado do ar global, “Explore os dados”.

10. Consulte a Figura 2 em Apte et al., 2018. Recursos adicionais sobre os efeitos de mortalidade da poluição do ar incluem Burnett et al., 2018 e Chen et al., 2013.

11. Health Effects Institute, “Household Air Pollution and Noncommunicable Disease,” 2018, Resumo Figura 1, pg. 3. Observe que o tamanho de partícula medido também difere entre os estudos.

12. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 8, pág. 12.

13. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 9, pág. 12.

14. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, pg. 24.

15. Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 25, pg. 23; State of Global Air, “Explore os dados”.

16. Em 83,1 µg/m 3 em 2019, o nível médio anual de poluição do ar ponderada pela população do Nepal é o mais próximo do da Índia entre outras nações do sul da Ásia. Para Bangladesh, Nepal e Paquistão, os DALYs atribuídos à poluição atmosférica PM 2,5 em 2019 foram de 2,2 milhões, 517.100 e 5,3 milhões, respectivamente. Para a poluição do ar doméstico, as estimativas de DALY de 2019 para os mesmos países foram de 3,1 milhões, 6,5 milhões e 5,8 milhões, respectivamente. State of Global Air, “Explore os dados”.

17. “Quanto aos outros poluentes, essas tendências refletem não apenas reduções nas exposições, mas também taxas de mortalidade em declínio devido ao melhor tratamento e sobrevivência de doenças atribuíveis à poluição do ar. No caso da poluição do ar doméstico, esses dois fatores têm, em média, mais do que compensado os aumentos no tamanho da população e o envelhecimento da população,” Health Effects Institute, “ State of Global Air 2020”, pg. 21.

18. “No geral, as mudanças no tamanho da população e na estrutura etária às vezes têm os maiores impactos nessas tendências. Mesmo que as exposições à poluição do ar estejam diminuindo, a carga global atribuível da doença pode aumentar se uma população estiver crescendo mais rapidamente do que as exposições estão caindo. Da mesma forma, uma população que está envelhecendo provavelmente enfrentará uma carga maior de doenças porque os idosos desenvolvem e são mais suscetíveis a doenças relacionadas à poluição do ar. Juntos, estima-se que o crescimento populacional e o envelhecimento da população global sejam responsáveis ​​por mais da metade do aumento de mortes atribuídas à exposição ao PM 2,5 na última década,” Health Effects Institute, “State of Global Air 2020”, Figura 17, pg. 18. Estado do ar global, “Explore os dados”.

19. Há evidências limitadas de que a poluição do ar pode viajar e, portanto, que as reduções de PM2,5 em um país possam afetar os níveis de poluição nos países/regiões vizinhos, o que fortaleceria ainda mais a redução dos níveis de poluição do ar em locais fortemente afetados. De acordo com a Força-Tarefa sobre Transporte Hemisférico de Poluição do Ar, “O impacto relativo de fontes antropogênicas extra-regionais nas concentrações de PM 2,5 é menor do que nas concentrações de O3. A sensibilidade da deposição de enxofre (S), nitrogênio oxidado (NOy) e nitrogênio reduzido (NHx) a mudanças nas emissões antrópicas extra-regionais é semelhante à sensibilidade de PM 2,5 concentrações. Na América do Norte, 83% da deposição de S, 83% da deposição de NO y e 93% da deposição de NH 3 são devidos a fontes na América do Norte. Na Europa, as frações são 64%, 66% e 88% para deposição de S, NOy e NHx, respectivamente.” Força-Tarefa sobre Transporte Hemisférico de Poluição do Ar, “Perguntas e Respostas”.

20. “Com base nas descobertas desta revisão, várias novas conclusões foram alcançadas, incluindo as seguintes: Exposição a PM <2,5 μm de diâmetro (PM2,5) ao longo de algumas horas a semanas pode desencadear mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares e eventos não fatais; a exposição de longo prazo (por exemplo, alguns anos) aumenta o risco de mortalidade cardiovascular em uma extensão ainda maior do que as exposições de alguns dias e reduz a expectativa de vida em segmentos mais altamente expostos da população em vários meses a alguns anos; as reduções nos níveis de PM estão associadas a reduções na mortalidade cardiovascular em um período de tempo tão curto quanto alguns anos; e muitos mecanismos patológicos credíveis foram elucidados que conferem plausibilidade biológica a esses achados. É opinião do grupo de redação que a evidência geral é consistente com uma relação causal entre a exposição ao PM 2.5 e a morbidade e mortalidade cardiovascular”. A Associação Americana do Coração, “Poluição do ar por material particulado e doenças cardiovasculares”, 2010.

“O PM 2.5 é a forma de poluição do ar mais bem estudada e está ligada a uma ampla gama de doenças em vários sistemas orgânicos. As associações causais mais fortes são observadas entre poluição por PM 2,5 e doenças cardiovasculares e pulmonares. Associações causais específicas foram estabelecidas entre poluição PM 2.5 e infarto do miocárdio, hipertensão, insuficiência cardíaca congestiva, arritmias e mortalidade cardiovascular”. Landrigan et al., 2017 pág. 14.

21. Currie 2013 e fig. 3b. de Heft-Neal et al. 2020 explore esse fenômeno. Veja também McCormick 1985, que foi frequentemente citado nos artigos que encontramos sobre os efeitos na saúde da exposição à poluição do ar em bebês.

22. Para o efeito da poluição particulada na saúde cardiovascular do modelo animal, consulte “Particulate Matter Air Pollution and Cardiovascular Disease” da American Heart Association, 2010. Veras et al., 2008, um RCT em camundongos grávidas, discute a relação entre ar exposição à poluição e nutrição placentária.

Em humanos, Brook et al., 2009 descobriram que duas horas de exposição a altos níveis de partículas causaram aumentos significativos na pressão sanguínea em adultos saudáveis. Da mesma forma, Pope et al., 2016 constata que a exposição de curto prazo a partículas gera cascatas inflamatórias e danos aos vasos sanguíneos em humanos adultos. O artigo “Poluição do Ar por Matéria Particulada e Doença Cardiovascular” da American Heart Association revisa muitos outros estudos que relacionam a exposição a partículas com fatores de risco cardiovascular. Enquanto isso, muitos dos estudos sobre mortalidade infantil na literatura de quase-experimentos examinam o baixo peso ao nascer como um resultado de interesse – ver especialmente os muitos estudos sobre peso ao nascer citados em Currie 2013.

23. Ver Gardener 1966.

24. Mais especificamente, Ebenstein et al., 2017, que se concentra na região do rio Huai na China, mede o efeito da mortalidade na exposição crônica (em vez de aguda), concentra-se em concentrações muito altas de partículas (semelhantes às do sul da Ásia), e está situado em um país de renda relativamente baixa. Essas condições parecem análogas às do sul da Ásia.

A significância estatística e a magnitude dos achados do artigo parecem depender da forma funcional utilizada pelos autores. Se eles usassem um modelo linear em vez de um cúbico, por exemplo, o efeito da mortalidade não seria estatisticamente significativo. Isso não quer dizer que não exista nenhum efeito (a dispersão da expectativa de vida na Figura 3 aqui é sugestiva) – apenas que este artigo pode não medir o efeito de forma decisiva. Para uma descoberta linear, consulte a tabela S11 aqui.

25. Muitos desses estudos se concentram na mortalidade infantil como consequência da exposição de curto prazo a partículas. Arceo et al., 2016 usam inversões climáticas como uma fonte de variação quase aleatória nas concentrações semanais de partículas por localidade. Chay e Greenstone 2003 usam uma descontinuidade política decorrente das Emendas da Lei do Ar Limpo de 1970 como um instrumento para mudanças anuais nas partículas. Heft-Neal et al. 2020 usa o clima no Saara como um instrumento para a variação anual da poeira presente em partes populosas da África Ocidental a milhares de quilômetros de distância. Conforme a fig. 3b. de Heft-Neal et al., 2020 mostra, essas e outras análises quase experimentais encontram efeitos aproximadamente semelhantes da exposição a partículas na mortalidade infantil. Esses artigos geralmente têm amplos intervalos de confiança, uma vez que sua variação natural geralmente envolve um tamanho de amostra efetivo bastante pequeno. Ainda assim, artigos como este fornecem, em conjunto, o que parece ser uma evidência significativa para um tamanho de efeito significativo. Deryugina et ai. 2019, que examina a variação diária na exposição entre adultos devido à variação do vento, encontra efeitos causais da exposição aguda ao material particulado fino na mortalidade.

Para exposição de longo prazo a partículas, identificamos alguns estudos além de Ebenstein et al., 2017, incluindo Clancy et al., 2002Correia et al., 2013 e Pope et al., 2009. Seus tamanhos de efeito estão dentro de um fator de dois ou três dos achados de Ebenstein et al., 2017, conforme mostrado na Tabela 1 de Greenstone et al., 2015.

26. Dito isso, os autores afirmam que esses gráficos “não fornecem evidências substanciais de viés de publicação ou seleção”, com base no que supomos ser uma inspeção visual de assimetria. Pope et al., 2020.

27. Essa suposição é baseada na meta-análise de uma literatura relacionada realizada em Anderson et al., 2005, que tem gráficos de funil que, para nós, parecem aproximadamente tão assimétricos quanto os gráficos em Pope et al., 2020. A meta-análise de 2005 ajusta o tamanho do efeito em aproximadamente 16% devido ao viés de publicação inferido. Se dobrarmos esse ajuste em um princípio geral de conservadorismo, um ajuste de viés de publicação reduziria o tamanho do efeito em cerca de um terço abaixo do consenso na literatura epidemiológica.

28. Definimos políticas “administrativamente viáveis” neste caso como políticas que são politicamente palatáveis ​​(por exemplo, já foram sugeridas ou legisladas em alguns estados da Índia) e parecem não exigir muito desembolso financeiro adicional ou demanda irracional por capacidade do estado.

Embora tenhamos quase certeza de que identificamos políticas que melhor visariam as maiores fontes de poluição do ar do sul da Ásia, encontramos uma incerteza substancial entre aqueles com quem conversamos sobre a parcela da poluição total e ponderada pela população de PM 2,5 que é atribuível a várias fontes de poluição. A incerteza dos dados de atribuição da fonte tornou difícil prever com confiança o impacto potencial de muitas das políticas de redução da poluição do ar específicas da fonte listadas abaixo.

29. “O sul da Ásia é o lar de 20% dos tijolos de argila produzidos globalmente, concentrados principalmente em quatro países – Índia, Paquistão, Bangladesh e Nepal… Os tijolos representam 84%, 24% e 15% das emissões de PM 2,5 em Dhaka, Chittagong e Delhi, respectivamente. Banco Mundial, “Pilhas sujas, apostas altas: uma visão geral do setor de tijolos no sul da Ásia”, 2020, págs. 59-60.

30. Banco Mundial, “Pilhas sujas, apostas altas: uma visão geral do setor de tijolos no sul da Ásia”, 2020, pg. 60.

31. Health Effects Institute, “Burden of Disease Attributable to Major Air Pollution Sources in India”, janeiro de 2018, resumo das figuras 4 e 5, pg.7.

32. Banco Mundial, “Pilhas sujas, apostas altas: uma visão geral do setor de tijolos no sul da Ásia”, 2020, Tabela 3.3, pg. 60.

33. “Uma análise de custo-benefício feita pelo Banco Mundial (2011)* para fornos de Bangladesh constatou que o forno de chaminé fixo adaptado (IFCK) se saiu competitivamente em relação às novas tecnologias VSBK e HHK em termos de lucro privado, mas ficou muito atrás em termos de lucro social líquido. Em média, a abordagem de modernização melhorou a eficiência energética em 20% e reduziu as emissões de PM em 50%. As tecnologias mais novas, no entanto, demonstraram redução 30% maior nas emissões de PM e eficiência energética 20-30% maior do que os fornos adaptados.” Banco Mundial, “Pilhas sujas, apostas altas: uma visão geral do setor de tijolos no sul da Ásia”, 2020, pg. 42.

34. Pensamos isso com base na concentração de emissões do setor de tijolos em áreas urbanas, a aparente eficácia da modernização dos fornos existentes e o número limitado de fornos de tijolos que precisariam ser adaptados ou reconstruídos para melhorar os níveis de emissão (ou seja, particularmente aqueles nas proximidades de centros populacionais), mas não discuti com nenhum especialista ou revisei a literatura de perto.

35. “O National Green Tribunal (“NGT”) impôs em 2015 a proibição de todos os veículos a diesel com mais de 10 anos e todos os veículos a gasolina com mais de 15 anos, em Delhi NCR. Antes, apenas veículos a diesel com mais de 15 anos eram proibidos na região.” Lexology, “Ban on Old Vehicles in Delhi NCR – O que o futuro reserva?” 17 de agosto de 2020.

36. Em 2015, o National Green Tribunal promulgou uma proibição regional de veículos mais antigos em Delhi. Mais recentemente, o governo indiano anunciou planos para implementar um imposto nacional e incentivos de sucateamento para certos veículos com mais de 15 anos, embora pareça que a implementação foi adiada. Continuamos incertos sobre o pensamento atual do governo indiano sobre as proibições de veículos.

37. Aparentemente, 1-3% dos veículos na Índia têm mais de 10 anos (os números que vimos sobre isso eram aproximadamente consistentes nas fontes que encontramos). Goel et al., “Métodos para estimar características veiculares em cidades indianas”, 2013, pg. 17.

38. Ministério do Meio Ambiente, Florestas e Mudanças Climáticas, Governo da Índia, “Programa Nacional de Ar Limpo”, 2019, págs. 6, 8.

39. “Para aumentar seus problemas, a Índia tem visto um crescimento muito rápido em veículos, especialmente em seus centros urbanos, o que contribuiu para o aumento das emissões de partículas de fontes veiculares; respondendo por até 50 por cento no material particulado em concentrações menores que 2,5 mícrons (PM 2,5) em uma cidade como Bangalore (CPCB, 2010).” Instituto de Energia e Recursos, “Cenário de Emissões de Poluentes Atmosféricos para a Índia”, 2016, pg. 93.

40. “O estudo atual mostra que o PM10 e o PM2.5 no ar ambiente da região de Mangalore têm 70% de sua contribuição de emissões veiculares (escape e não escape).” Kaliaarasan et ai. 2018.

41. Centro de Ciência e Meio Ambiente, “O que a Índia fará com seus veículos antigos?” 2020.

42. Um relatório do Health Effects Institute (pág. 9) estimou que a geração de energia a carvão é responsável por aproximadamente 15% das emissões de PM2.5 e previu que o carvão da usina está projetado para adicionar ~25ug de PM2.5 até 2050 (sem adicional intervenções). Da mesma forma, um relatório do Greenpeace descobriu que cerca de um terço da poluição PM2,5 em Kanpur e Delhi se origina de partículas secundárias, e que a energia do carvão contribui com mais da metade dessas partículas (pág. 28). Um relatório separado sobre um período anterior afirma que “Na Índia, as emissões de geração de energia contribuem com cerca de 33,1% do YLL atribuível à exposição ao PM2,5”.

43. “Devido ao predomínio do carvão (76% da geração total), a geração de energia atualmente contribui com cerca de 40% das emissões totais de CO2, bem como 53% e 40% do dióxido de enxofre relacionado à energia (SO2) e emissões de óxidos de nitrogênio (NOx), respectivamente.” Peng et al., 2020.

44. “Atualmente, mais de 90% das usinas a carvão [sic] na China têm ESPs [precipitadores eletrostáticos] instalados. Mas sua eficiência de remoção de PM2.5 é baixa. A eficiência de coleta de PM2.5 pode chegar a ~98% quando combinada com FGD [dessulfurização de gás de combustão] úmido… Os filtros de tecido, também conhecidos como filtros de mangas, operam com princípios relativamente simples em comparação com ESPs, mas têm uma alta eficiência de coleta, 99,9 a 99,99% em um ampla gama de tamanhos de partículas e ~99,7% para PM2,5” Zhang, 2016.

45. Além de reduzir as emissões de PM2,5, os purificadores de carvão também parecem reduzir os níveis de SO2. Um relatório, por exemplo, indica que a instalação de unidades de dessulfurização de gases de combustão, um tipo de lavador, poderia reduzir as emissões totais de SO2 em 90%. Prioridades de Controle de Doenças, 3ª ed., pg. 243.

46. ​​“A Índia tem um plano em fases para as usinas cumprirem as normas de emissão, com algumas usinas tendo até o final de dezembro de 2019, enquanto outras têm até o final de 2022 para cumprir. Um total de 440 unidades movidas a carvão que produzem 166,5 gigawatts (GW) devem cumprir os regulamentos até dezembro de 2022… pelo menos 51% de todas as unidades movidas a carvão com metas de emissão podem não cumprir os prazos.” Reuters, “Exclusivo: Mais da metade das usinas a carvão da Índia devem perder o prazo da norma de emissão”, 15 de novembro de 2019. Veja também “Air Pollution, Environmental Regulation and the Indian Electricity Sector”, apresentado por Maureen Cropper no IIEP- Conferência NIPFP, 5 de outubro de 2016.

47. DW, “Poluição na Índia: como uma revolução agrícola poderia resolver a queima de restolho”, 11 de agosto de 2019.

48. DW, “Poluição na Índia: como uma revolução agrícola poderia resolver a queima de restolho”, 11 de agosto de 2019.

49. O governo indiano já parece subsidiar o uso de tratores, embora o impacto dos subsídios sobre a queima da safra não esteja claro para nós. The Financial Express, “Para reduzir a queima de restolho, preste atenção à EPCA para tornar as máquinas de gerenciamento de palha acessíveis”, 2 de outubro de 2020.

50. Health Effects Institute, State of Global Air 2020.

51. Mint, “Os preços do gás de cozinha podem sofrer revisão mensal para conter subsídios”, 18 de fevereiro de 2020. As famílias pobres tendem a usar cerca de três cilindros por ano, e a família média usa um pouco mais do que o dobro disso. DownToEarth, “Superando o desafio da cozinha limpa na Índia”, 26 de dezembro de 2019.

52. Business Insider Índia, “o governo indiano não pagará mais transferência direta de benefícios para gás de cozinha – subsídio eliminado com a queda dos preços do petróleo”, 1º de setembro de 2020.

53. The Indian News Express, “Três anos depois, poucos estão dispostos a desistir do subsídio do GLP”, 29 de julho de 2019.

54. Não examinamos os métodos por trás da repartição da fonte em detalhes, mas nosso entendimento é que uma metodologia principal, “metodologia orientada para o receptor”, resolve matematicamente uma série de equações tentando combinar as concentrações totais de diferentes tipos de PM ponderando diferentes (conhecido) assinaturas de poluição de acordo e usa os pesos para medir o abastecimento. Ver, por exemplo, Belis et al. 2014 para mais detalhes.

55. Estudos localizados de distribuição de fontes que surgiram em nossas conversas incluem um estudo de 2015 do Instituto Indiano de Tecnologia Kanpur de Delhi e um estudo de 2011 de Trombay, um subúrbio de Mumbai. Não examinamos nenhum dos estudos.

56. “Os sensores de material particulado (PM) da PurpleAir são cada vez mais usados ​​nos Estados Unidos e em outros países por uma variedade de indivíduos e organizações para monitoramento contínuo das condições de poluentes do ar ambiente… O desempenho desses sensores deve ser avaliado durante os períodos de impacto da fumaça e corrigido nominalmente para viés, se necessário, para garantir que dados precisos sejam relatados para informar ações apropriadas de proteção à saúde… do tempo, em oposição aos dados não corrigidos do PurpleAir, que são precisos apenas 75% do tempo.” A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, “PurpleAir PM 2.5 performance nos EUA #2,” 2020.

57. “Uma abordagem de monitoramento híbrido poderia acelerar a disponibilidade e a qualidade das informações sobre PM2.5 na Índia. Tal abordagem poderia se basear em avanços recentes na avaliação da qualidade do ar por satélite e no surgimento de estações de monitoramento terrestre estrategicamente localizadas que combinam medições da composição química de PM 2,5 com medições de fotômetro solar da profundidade óptica do aerossol para melhorar a precisão de estimativas baseadas em satélites de perspectivas globais e regionais (Snider et al., 2015). Esses nós de medição estratégicos também podem fornecer dados de avaliação importantes para simulações de modelo de transporte químico e fornecer entradas necessárias para distribuição de fonte de modelagem de receptor. Esta informação sobre as contribuições da fonte pode informar a previsão e avaliação das opções e iniciativas de gestão da qualidade do ar.” Martin e outros, 2019.

58. Algumas fontes indicam que os conselhos de controle de poluição da Índia enfrentaram limitações devido a um processo de contratação excessivamente longofinanciamento inadequado e salários muito baixos para atrair talentosfalta de conhecimento no assuntosua dependência de nomeados políticos ou porque os funcionários se sentem impotentes para regular a poluição.

59. O Conselho de Controle de Poluição de Haryana gastou 45,7 cr INR em 2013 (menos de $ 10 milhões) e o Conselho de Controle de Poluição de Maharashtra gastou aproximadamente o dobro em 2020. Este artigo, no entanto, sugere números muito mais baixos. Não temos certeza sobre a parcela gasta com a poluição do ar, mas o Maharashtra PCB relata 4.422 lakhs em qualidade do ar em seus projetos propostos de um orçamento de projetos propostos de 10.040 lakhs, ou cerca de 44% (consulte as páginas 37-38 deste PDF).

60. 20 milhões de gastos anuais × 1.000 vezes a taxa de barreira / (71,4 milhões de DALYs/ano × US$ 50 mil (valor do DALY) × duração de 10 anos) = 0,00056. Observe que atualmente estamos reexaminando nosso valor por DALY, mas esperamos que esse valor aumente ou permaneça o mesmo, portanto, a importância geral dessa causa aumentaria ou permaneceria a mesma.

61. (US$ 500.000 (custo do estudo)/5.000.000 (tamanho da cidade))((1.000 (barra de ROI) × 1.366.000.000 (tamanho da Índia) × 83,2 (PM atual 2,5))/(10 (anos) × US$ 50.000 (valor por DALY) × 31.140.452 (DALYs ambientais na Índia/ano))) = 0,8.

62. “Explore os dados” da State of Global Air. $ 50.000 é nosso valor padrão para o valor de um DALY. Veja a observação anterior de que esse número pode mudar no futuro.

63. O Banco Mundial.

64. “Custos e benefícios da instalação de unidades de dessulfurização de gases de combustão em usinas elétricas a carvão na Índia”, Tabela 13.6, pg. 244.

65. “Custos e benefícios da instalação de unidades de dessulfurização de gases de combustão em usinas elétricas a carvão na Índia”, Tabela 13.6, pg. 244.

A Associação de Produtores de Energia “estima que custará às empresas privadas cerca de US$ 38 bilhões para cumprir as normas e instalar unidades FGD para combater as emissões de dióxido de enxofre”, Reuters, “Exclusivo: Mais da metade das usinas a carvão da Índia devem cumprir a norma de emissão prazo final”, 15 de novembro de 2019. Outra fonte estima que a instalação de lavadores de carvão na maioria das usinas custará Rs 800.000.000.000 (US$ 10,9 bilhões no momento da conversão).

66. Isso é potencialmente conservador, já que os depuradores, conforme discutido acima, podem reduzir PM2,5 em 98% ou mais, mas refletem nossa incerteza sobre a qualidade da instalação, manutenção e desempenho no mundo real.

67. As 30 usinas com menor custo por vida salva custam 9.196 vidas/ano do total de 12.890 ou ~71%. “Air Pollution, Environmental Regulation and the Indian Electricity Sector”, apresentado por Maureen Cropper na IIEP-NIPFP Conference, 5 de outubro de 2016.

68. De acordo com “Explore the Data” do State of Global Air, a poluição do ar na Índia é responsável por aproximadamente 53,5 milhões de DALYs. Nosso valor padrão para o valor de um ano de vida ajustado pela qualidade é $ 50.000 (veja a observação anterior de que esse valor pode mudar no futuro). Portanto, 53,5 milhões de DALYs × US$ 50.000/DALY = US$ 2,69 trilhões.

69. Fundo para o Ar Limpo (CAF), “O Estado do Financiamento da Qualidade do Ar Global 2020”, Figura 2, pág. 9.

70. A ClimateWorks Foundation relata que, entre 2015 e 2019, as fundações filantrópicas gastaram 55 milhões de dólares por ano, em média, na mitigação de emissões na Índia. De acordo com o mesmo relatório, um total de aproximadamente 7 bilhões de dólares foram gastos globalmente em clima em 2019, com apenas 1,6 bilhão de dólares em fundações. Além disso, eles relatam que os gastos das fundações aumentaram de menos de 0,9 B para 1,6 B entre 2015 e 2019. Se assumirmos que a parcela de gastos da Índia permanece constante ao longo do tempo e entre os gastos filantrópicos de fundações e não fundações, podemos estimar aproximadamente o gasto total com mitigação de emissões na Índia em 2019. Eles declaram que o financiamento anual médio total da fundação durante o período foi de 1,1 B, então calculamos o financiamento da fundação na Índia em 2019 como 1,6/1,1 × 55 M = 80 M. Em seguida, calculamos o total Financiamento climático da Índia como 7/1. 6 × 80 milhões = 350 milhões de dólares em 2019. Isso pode ser superestimado (por exemplo, se o financiamento individual do clima for ainda mais direcionado para intervenções em países ricos) ou subestimado (por exemplo, se o financiamento na Índia crescer mais rápido do que o financiamento total desde 2015). Achamos que é provavelmente uma estimativa superestimada, mas achamos que os gastos filantrópicos climáticos ainda são muito provavelmente de US$ 100 milhões ou mais. “Tendências de financiamento: mitigação das mudanças climáticas na filantropia,” Fundação ClimateWorks, 2019, pg. 5.

71. Houve um consenso geral entre aqueles com quem falamos de que o clima e a qualidade do ar estão relacionados, mas que as principais intervenções de redução para cada um serão diferentes.

72. The Times of India, “Mumbai receberá a maior parte do subsídio do Centro para combater a poluição do ar”, 12 de março de 2020. Presumimos (mas podemos estar errados) que este é um fundo único que não será renovado automaticamente.

73. O Conselho de Energia, Meio Ambiente e Água e Emissões Urbanas, “Quão Robustos São os Planos de Ar Limpo Urbano da Índia?” Junho de 2020, pág. 18. BreatheLife, “Cidades no Novo Programa Nacional de Ar Limpo do Centro da Índia”, 18 de janeiro de 2019.

74. O Conselho de Energia, Meio Ambiente e Água e Emissões Urbanas, “Quão Robustos São os Planos de Ar Limpo Urbano da Índia?” Junho de 2020, pág. 18.

75. É possível que existam oportunidades em assistência técnica, pesquisa e divulgação de políticas que possam absorver financiamento recorrente em larga escala, embora não tenhamos investigado essa possibilidade minuciosamente.

76. “A Lei de Regulamentações de Contribuições Estrangeiras ou FCRA é uma lei promulgada pelo Parlamento para regular as contribuições estrangeiras (especialmente doações monetárias) fornecidas por certos indivíduos ou associações a ONGs e outros dentro da Índia. A lei, em sua forma consolidada, foi originalmente aprovada em 1976 e modificada em 2010. O governo usou a lei ao longo dos anos para congelar contas bancárias de certas ONGs que estavam afetando o interesse nacional da Índia para propósitos errados”, The Times da Índia, “Lei de Regulamentação de Contribuições Estrangeiras”, 7 de fevereiro de 2020. Conselho de Fundações, “Novas alterações indianas da FCRA impactam subvenções estrangeiras para ONGs indianas”, 12 de novembro de 2020.

Publicado originalmente em 7 de junho de 2021 aqui.

Autor: OpenPhilanthropy

Tradução: Satia Marini

Revisão: Leo Arruda e Fernando Moreno

Deixe um comentário