O raciocínio contrafactual envolve cenários que ocorrerão se um agente escolher uma determinada ação, ou que ocorreriam se um agente tivesse escolhido uma ação que não escolheu. Por exemplo, podemos considerar um cenário contrafactual em que a comunidade de Altruísmo Eficaz tivessido se chamada de ‘doação eficaz’ em vez de altruísmo eficaz.
Quando classificamos as ações, geralmente queremos ter em conta não apenas quão boa aquela ação é, mas quão boa ela é em relação às alternativas. Isso é implicitamente presumido conforme a estrutura de tomada de decisão que se idealizou, mas é útil declarar explicitamente esse ponto.
Uma heurística relacionada é a capacidade de substituição: pode ser o caso, por exemplo, que se você não realizar uma determinada ação, outra pessoa a realizará.
Infelizmente, os contrafactuais são muitas vezes difíceis de se avaliar. Mesmo depois que uma ação é tomada, em muitos casos permanecerá uma incerteza substancial sobre o que teria acontecido se alguém tivesse agido de outra forma. Isso significa que muitas vezes não teremos certeza se agimos da melhor maneira possível.
Leitura adicional
Ord, Toby (2014) Drones, contrafactuais e equilíbrios: Desafios na avaliação de novas tecnologias militares, Future of Humanity Institute, University of Oxford.
Sempere, Nuño (2019) Valores Shapley: Melhor do que contrafactuais, Effective Altruism Forum, 10 de outubro.
Fonte: https://forum.effectivealtruism.org/topics/counterfactual-reasoning