Há certa controvérsia sobre se, e em que medida, programas de auxílio internacional ajudam os pobres. Alguns críticos, como Dambisa Moyo e William Easterly, defendem que tais programas têm sido extremamente custosos e em grande parte ineficazes. (Moyo 2009; Easterly 2006).

Uma réplica a estas críticas é que os críticos focam em grande parte em programas de auxílio de governo para governo, em vez de simples intervenções que ajudam indivíduos diretamente, como programas de controle de malária, desparasitação, programas de micronutrientes e transferências monetárias (Karnofsky 2016). Outra réplica é que, ao considerar o custo do auxílio (1 trilhão US$), os críticos não levam em conta o número de pessoas afetadas (400 milhões) e o tempo decorrido (sessenta anos). Quando estes ajustes são feitos, acaba que o gasto total em auxílio na África equivale a 40 US$ por pessoa por ano. Uma terceira réplica é que os críticos tendem a focar em programas com efetividade média ou abaixo da média, em vez de nos maiores sucessos de auxílio, como o programa de erradicação da varíola. Mesmo que programas de auxílio internacional não tivessem realizado nada além de erradicar a varíola, eles teriam uma custo-efetividade de uma vida salva por 40.000 US$ (MacAskill 2015).

Tradução: Luan Rafael Marques

Revisão: Fernando Moreno

Fonte: https://concepts.effectivealtruism.org/concepts/aid-effectiveness/