Parece coisa de filme, mas certos experimentos de laboratório são conduzidos a fim de encontrar maneiras de tornar vírus mais perigosos. Em 2014, o governo dos EUA sob a gestão Obama paralisou esse tipo de pesquisa, dado seus riscos. Mas, em 2017, o Estados Unidos lançou novas diretrizes para esse tipo de pesquisa, sinalizando o fim da moratória.
É um desenvolvimento preocupante e que destaca os riscos de algo chamado pesquisa de “ganho de função”. Trata-se de uma pesquisa em que os patógenos são manipulados para mudar suas capacidades — geralmente para torná-los mais mortais.
Os cientistas que fazem esse tipo de pesquisa argumentam que podemos melhor nos antecipar a essas doenças se antes a tornarmos mais mortais de modo controlado no laboratório. Mas muitas pessoas na época e desde então se tornaram cada vez mais convencidas de que os potenciais benefícios da pesquisa — que parecem limitados — simplesmente não superam os riscos de dar início à próxima pandemia mortal.
Já abordamos esse problema anteriormente em uma de nossas antigas publicações. Clique no link para acesso a reportagem da Vox ou, se preferir, assista ao vídeo abaixo, em português, explicando o problema.
Este artigo faz parte da série: “Coronavírus: o que fazer para nunca mais acontecer”.
Autor: Fernando Moreno