Marco Aurélio era um homem incrivelmente sortudo. Ele nasceu homem e romano em uma época em que não ser homem ou cidadão romano era uma posição de extrema impotência. Ele também nasceu em uma família rica que lhe forneceu os melhores tutores, tutores que o amavam e lhe ensinaram a filosofia que mudou sua vida. Ele foi então adotado na família de Antonino (a pedido de Adriano) para iniciar sua ascensão ao trono, um presente de enorme poder, riqueza e responsabilidade.
Diz na Bíblia que a quem muito é dado, muito será pedido. Marcus levou essa ideia muito a sério. Ele via os presentes que recebera como uma obrigação de fazer o bem, de prestar serviço — que não era sobre ele, mas sobre o que ele era chamado a fazer. Então, quando as finanças de Roma estavam instáveis, ele vendeu tesouros imperiais para pagar as dívidas do império.
Eventualmente heranças eram deixadas sem claros herdeiros. Ele poderia tê-las aceito facilmente, aumentando a riqueza de sua família enquanto estava no cargo, como muitos políticos antes e depois dele faziam. Em vez disso, ele procurou os parentes distantes do falecido. Quando seu pai morreu, Marcus passou sua herança legítima para sua irmã. Podemos ver nas meditações o quão difícil e estressante toda essa responsabilidade era sobre Marcus … mas não houve queixas, lapsos éticos, erros lamentáveis.
Muito foi dado a ele, no nascimento e na vida, ao que ele soube corresponder. Ele fez o que era exigido dele e muito mais.
Livremente adaptado do Daily Stoic por Fernando Moreno.
Talvez você também goste de ler esse outro post sobre filosofia estóica: